No seguimento da sessão, o Dr. Pedro Morais Sarmento explicou que “teve oportunidade de assistir à abordagem de um tema muito relevante que se resume no seguinte: a otimização da terapêutica de um doente com insuficiência cardíaca e fração de ejeção reduzida implica um conjunto complexo de terapêuticas, cujo mecanismo de ação consiste no bloqueio do eixo renina-angiotensia-aldosterona”.
Continuando, afirmou que “o bloqueio deste eixo incorre num efeito off-target comum, que é a hipercaliemia que, por sua vez, aumenta o risco de arritmias”.
“Para evitar a suspensão ou redução da dose de RAASi como solução para a hipercaliemia”, explicou, “temos uma alternativa viável, o patirómero que permite o uso de RAASi com maior segurança”.
“Assim”, resumiu, “num doente com valores de potássio> 5 mmol/l, a introdução do patirómero permite manter os níveis de potássio inferiores a este valor e titular a terapêutica RAASi, que traz um benefício muito significativo ao reduzir a mortalidade dos doentes com IC e melhorar a sua qualidade de vida”.