Opinião
Conheça a opinião da Dr.ª Fabienne Gonçalves, assistente hospitalar graduada de Medicina Interna da Unidade de Doença Vascular Pulmonar do do Centro Hospitalar do Porto, sobre a importância do diagnóstico e tratamento adequados nos doentes com hipertensão pulmonar.
Conheça a opinião da Dr.ª Sofia Viamonte, médica fisiatra, diretora do Centro de Reabilitação do Norte e coordenadora do programa ONCOMOVE® da Associação de Investigação em Cuidados de Suporte e Oncologia (AICSO), sobre a segurança e o benefício do exercício no doente oncológico no que se refere ao sistema cardiovascular.

A redução do risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC), eventos graves e potencialmente fatais, faz-se, de forma geral, através do recurso aos anticoagulantes orais. Só os doentes com menos de 65 anos, sem doenças associadas e sem antecedentes relevantes podem ser dispensados desta medicação, pois nestes casos o risco cardioembólico é considerado muito baixo. Todos os outros devem ser medicados o mais precocemente possível.
As doenças cardiovasculares (DCV) continuam a ser a principal causa de morte em Portugal. Somos um país de sedentários, temos um número enorme de obesos e um em cada cinco adultos ainda fuma. Para além disso, cerca de 40% da população é hipertensa, dois terços têm colesterol elevado e há um milhão de portugueses com diabetes. Um cenário em que o caldo parece sempre pronto a entornar. Estes fatores de risco condicionam a progressão da aterosclerose, a doença em que o colesterol se acumula nas artérias, com risco de enfarte, acidente vascular cerebral (AVC) ou de má circulação periférica, com maior hipótese de amputação por exemplo. A aterosclerose gera custos pessoais, familiares e sociais muito elevados. Um estudo recente realizado mostra que os custos da doença são astronómicos: cerca de 1.900 milhões de euros que representam 1% do PIB ou 11% do total de despesas de saúde em Portugal.
A fibrilhação auricular é a arritmia mais frequente com uma prevalência superior a 10% na população com mais de 75 anos de idade e podendo ocorrer em mais de 1% na população em geral.

Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são a principal causa de morte em Portugal, e quando não são fatais podem ter consequências graves e incapacitantes. Os AVC que são maioritariamente isquémicos têm fatores de risco que, de acordo com o estudo INTERSTROKE, explicam cerca de 90% de todos os eventos: hipertensão arterial, o sedentarismo, a obesidade central, o tabagismo, diabetes mellitus, fatores psicossociais, a dieta, a ingestão de álcool, a dislipidemia e causas cardíacas.
Vivemos um período em que a comunidade médica reconhece a importância de tratar todos os doentes com insuficiência cardíaca. Nos últimos anos temos assistido a revoluções no tratamento desta doença, com ganhos muito significativos em termos de qualidade e quantidade de vida nos nossos doentes com esta condição crónica.
O acidente vascular cerebral (AVC) (de volta ao capítulo do sistema nervoso na 11.ª revisão do ICD após 62 anos de exílio) mantém-se como principal causa de morte e morbilidade em Portugal, tendo sido em 2014 responsável por 11% do total dos óbitos. No entanto, nem tudo são más notícias, tendo-se registado uma progressiva diminuição da incidência do AVC, com redução em termos de mortalidade (<46% numa década) e morbilidade. Esses ganhos são seguramente consequentes de medidas de prevenção de âmbito populacional.
A população portuguesa residente ao longo de todo o território do país apresenta uma grande heterogeneidade, como seria natural, dada a sua natureza e a diversidade territorial e climática por onde se distribui, acrescidas do seu desenvolvimento cultural e socioeconómico e ainda da sua ancestralidade. Diretamente relacionado com estes fatores está o seu estado de saúde e de doença e o modo como se comporta perante eles.
Após a 1.ª implantação de um pacemaker, em 1958, verificou-se ao longo dos últimos anos uma evolução tecnológica notável, com a introdução progressiva de novos dispositivos médicos que se destinam a monitorizar ou a tratar as arritmias ou a insuficiência cardíaca. O conjunto destes aparelhos, denominados dispositivos cardíacos eletrónicos implantáveis (DCEI), engloba os pacemakers (PM), os cardioversores-desfibrilhadores implantáveis (CDI), os sistemas de ressincronização cardíaca (CRT) e os registadores de eventos subcutâneos.